Sobe para 53 número de mortos de ataque no Paquistão

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Por Agencia Estado
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A polícia investiga o possível envolvimento do Taleban e da Al-Qaeda no massacre de muçulmanos xiitas que rezavam numa mesquita em Quetta, e deteve 17 pessoas em buscas no sudoeste do Paquistão, informaram hoje autoridades. O número de mortos no ataque - o primeiro atentado suicida no conflito sectário entre extremistas xiitas e sunitas no Paquistão - subiu para 53, incluindo os três atacantes, anunciou organizações de resgate que atenderam as vítimas em hospitais de Quetta. Pelo menos 65 pessoas ficaram feridas. Autoridades disseram estar investigando se fugitivos da Al-Qaeda e remanescentes do Taleban executaram o assalto com explosivos e fuzis na capital da província de Baluchistan, na fronteira do Paquistão com o Afeganistão. A maioria dos 2.000 xiitas que estavam concentrados na mesquita para as orações de sexta-feira era de hazaras, o mesmo grupo étnico que predomina entre a população muçulmano xiita do Afeganistão. O Taleban e os hazaras são inimigos de longa data, e se acusam mutuamente por diversos massacres da década de 90. Conflitos O ataque ocorreu poucas semanas depois que um antigo comandante militar taleban anunciou que o derrubado movimento muçulmano sunita começaria a usar esquadrões suicidas contra seus inimigos. O presidente paquistanês, general Pervez Musharraf, admitiu que os atacantes podem ter vindo do exterior, e avisou: "Se houve uma mão externa nesse incidente, vamos descobrir". Syed Ashraf Zaidi, presidente da Conferência Xiita do Baluchistan, disse que dois dos atacantes mortos não eram paquistaneses. Ele não identificou a nacionalidade deles. "Os criminosos cujos corpos estão no hospital não são locais", afirmou Zaidi. "Eles são membros da Al-Qaeda. Vá e veja suas faces". Autoridades disseram que os três atacantes foram mortos, um ao detonar explosivos que carregava e os outros dois em tiroteio com guardas de segurança. Nenhum foi ainda identificado e ninguém assumiu responsabilidade pelo atentado. A polícia negou-se a precisar a nacionalidade dos atacantes ou dos homens detidos em buscas no Baluchistan. Os homens estavam sendo interrogados sobre o atentado, informou.

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