PUBLICIDADE

Sobe para 69 número de mortos em ataques em Bagdá

Atualização:

Uma onda de ataques com bombas em Bagdá matou pelo menos 69 pessoas nesta quinta-feira, informaram vários funcionários do governo local. O Iraque atravessa uma grave crise política, com seu vice-presidente acusado de comandar esquadrões da morte e o primeiro-ministro advertindo que poderia romper um acordo para a divisão do poder.Houve pelo menos 16 ataques no decorrer do dia, sendo 14 aparentemente coordenados pela capital durante a manhã e mais dois algumas horas. A violência ocorre dias após as forças norte-americanas deixarem o país. Até o momento, nenhum grupo reivindicou as ações, mas elas levam a marca dos insurgentes sunitas da Al-Qaeda. A maioria dos ataques ocorreu em bairros xiitas, ainda que algumas áreas sunitas também tenham sido alvos.A pior explosão ocorreu no bairro de Karrada, onde um suicida com um veículo cheio de explosivos atacou as proximidades de um escritório da agência do governo que enfrenta a corrupção. Pelo menos 25 pessoas morreram e 62 ficaram feridas nesse ataque.Os ataques, os mais mortíferos em mais de quatro meses, coincidiram em grande parte com a hora do rush da manhã. As forças de segurança isolaram as áreas atingidas. Dados recolhidos com funcionários do setor de segurança e policiais pela cidade resultam na confirmação de 69 mortos e pelo menos 169 feridos.Os dois ataques ocorridos mais tarde, ambos na zona oeste de Bagdá, deixaram pelo menos nove mortos e 21 feridos, segundo autoridades locais.A violência ocorre no momento em que políticos iraquianos divergem sobre um mandado de prisão contra o vice-presidente Tareq al-Hashemi. O primeiro-ministro Nuri al-Maliki exigiu que autoridades curdas entreguem o líder sunita, que tem ficado na região autônoma curda. Hashemi afirma ser inocente.Maliki também pediu que seu vice sunita, Saleh al-Mutlak, que pertence ao mesmo bloco Iraqiya de Hashemi, seja retirado do cargo, após o vice dizer que o governo liderado por xiitas é "uma ditadura". O Iraqiya tem boicotado o Parlamento e o gabinete. Maliki ameaçou substituir seus ministros no governo de união. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.