Sobrevivente de ataque nega presença de "terroristas"

"Não havia na madraça nenhum campo de treinamento de militantes", assegurou Abu Bakar, que teve as pernas quebradas por escombros da escola bombardeada

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Por Agencia Estado
Atualização:

Um dos três homens que sobreviveram ao bombardeio promovido pelo Exército do Paquistão contra uma madraça perto da fronteira com o Afeganistão disse nesta terça-feira, de seu leito no hospital que a escola religiosa não era usada por "terroristas" e afirmou que muitas crianças certamente estão entre os mais de 80 mortos deixados pelo ataque. "Não havia na madraça nenhum campo de treinamento de militantes", assegurou Abu Bakar, de 22 anos. Ele é de Loi Sam, uma aldeia do distrito de Bajur situada a 15 quilômetros de Chinghai, onde ficava a escola atacada na segunda-feira. "Nós vínhamos aqui (a Chingai) para aprender religião", assegurou Bakar, que teve as pernas quebradas por escombros da escola que o soterraram no momento do bombardeio. O ataque com mísseis deixou 83 mortos e apenas três sobreviventes. O Exército do Paquistão alega que a madraça abrigava um centro de treinamento de "terroristas". Testemunhas e líderes locais asseguram que apenas professores e alunos usavam a madraça destruída.

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