05 de outubro de 2013 | 19h54
Os sobreviventes do naufrágio de quinta-feira, 26, na Ilha de Lampedusa, na Itália, serão processados por imigração clandestina caso não consigam asilo no país, informou no sábado, 5, a Procuradoria de Agrigento, na Sicília. O crime prevê como pena máxima multa de 5 mil euros (cerca de R$ 15 mil). Pelo menos 114 imigrantes africanos morreram. "Houve algumas prisões em outros casos, mas claro que eles não podem pagar a multa. Eles não têm dinheiro", afirmou o promotor de Agrigento Ignazio Fonzo.Cerca de 200 passageiros ainda estão desaparecidos e outros 155 foram resgatados com vida. Os mergulhadores italianos suspenderam temporariamente as buscas ontem por mau tempo. "Esta situação mostra que um dos próximos passos do Parlamento italiano deve ser abolir as medidas que tornam a imigração um crime", afirmou o parlamentar Mario Marazzitti, do Partido Escolha Cívica. O primeiro-ministro da França, Jean-Marc Ayrault, convocou uma reunião urgente com vários países europeus para tratar do tema da imigração ilegal. "É importante que os responsáveis políticos europeus falem do assunto o quanto antes, juntos", disse o premiê. Também na manhã de sábado, um cortejo de pesqueiros lançou flores ao mar de Lampedusa em homenagem às vítimas do naufrágio. / ANSA e REUTERS
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