Sobreviventes deitaram no chão e tentaram se abrigar em banheiro
Jovens descrevem momentos de tensão desde a entrada do atirador no local até a chegada dos policiais
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Por Redação
Atualização:
As pessoas estavam terminando os drinques e acertando caronas para ir para casa. Eram centenas de jovens que participavam da noite latina, com música de salsa e merengue. Às 2h, a animada festa da Pulse, uma das mais populares casas noturnas LGBT do centro da Flórida, chegava ao fim.
“De repente, começou um barulho como de fogos de artifício”, disse o DJ Ray Rivera. “Abaixei o som. O ruído parou por um segundo e recomeçou. Desliguei a música. Todo mundo já corria para tentar sair.”
Homem mata 50 no pior tiroteio da história dos EUA
1 / 23Homem mata 50 no pior tiroteio da história dos EUA
Ataque em Orlando
Um homem matou 50 pessoas e deixou 53 feridos em um ataque em uma boate em Orlando, nos EUA, na madrugada de domingo, 12 Foto: _pixel_trappa
Ataque em Orlando
A boate Pulse (foto), local do ataque, é frequentadapelo público LGBT Foto: AP Photo/Chris O'Meara
Omar Mateen
O atirador, identificado como Omar Mateen, de 29 anos, é americano e filho de afegãos. Ele mantinha uma página com selfies na rede social MySpace Foto: MySpace/Reprodução
Ataque em Orlando
O presidente Barack Obama classificou o ataque como um "ato de terror e ódio" e, na Casa Branca, a bandeira americana foi hasteada a meiomastro Foto: Stephen Crowley/The New York Times
Ataque em Orlando
Dezenas de viaturas policiais, incluindo uma equipe da SWAT, invadiram a área em torno da casa noturna. Pelo menos duas caminhonetes da polícia foram ... Foto: AP Photo/Phelan M.EbenhackMais
Ataque em Orlando
Por volta das 2h no horário local (cerca de 3h no horário de Brasília), Mateen entrou armado de um rifle e uma arma de pequeno porte, além de um "disp... Foto: AP Photo|Phelan M. EbenhackMais
Ataque em Orlando
Ele entrou abrindo fogo dentro de estabelecimento e um policial que trabalhava como segurança dentro da boate revidou ao ataque também a tiros Foto: AP Photo/Phelan M. Ebenhack
Ataque em Orlando
Na foto, profissionais do hospital regional aguardam a chegada de vítimas de ataque que deixou 50 mortos e 53 feridos Foto: AP Photo/Phelan M. Ebenhack
Ataque em Orlando
A área do entorno da boate foi isolada e a polícia investiga o tiroteiocomo um ataque terrorista Foto: AP Photo/Phelan M. Ebenhack
Ataque em Orlando
Omar Mateen chegou a fazer reféns dentro da boate e, por volta das 6h (Brasília), foi morto por uma agente da SWAT, elite da polícia norte-americana, ... Foto: AP Photo/Phelan M. EbenhackMais
Ataque em Orlando
Amigos, familiares e envolvidos aguardam mais informações sobre as vítimas e as investigações nos arredores da delegacia Foto: REUTERS/Steve Nesius
Ataque em Orlando
Amigos e parentes das vítimas aguardam mais informações das autoridades que apuram as causas do ataque Foto: REUTERS/Steve Nesius
Ataque em Orlando
Segundo o FBI, a polícia faz buscas na casa do atirador e procura no perfil das redes sociais de Omar Mateen informações ou pistas que liguem o atirad... Foto: REUTERS/Steve NesiusMais
Ataque em Orlando
Não está descartada a hipótese de motivação religiosa no caso Foto: REUTERS/Steve Nesius
Ataque em Orlando
Segundo o chefe da polícia de Orlando, JohnMina, o homem estava munido de algum tipo "suspeito" de dispositivo e chegou a trocar tiros com um seguranç... Foto: EFE/EPA/CRISTOBAL HERRERAMais
Ataque em Orlando
O tiroteio foi considerado o pior da história dos EUA Foto: Gerardo Mora/Getty Images/AFP
Ataque em Orlando
Um policial que trabalhava como segurança dentro da boate Pulse, o nome da casa que abrigou o incidente, trocou tiros com o suspeito por volta das 2h ... Foto: REUTERS/Steve NesiusMais
Ataque em Orlando
"Nos próximos dias iremos procurar entender onde esse indivíduo se inspirou para colocar em prática esse horrível ato de terrorismo", afirmou à rede d... Foto: REUTERS/Kevin KolczynskiMais
Ataque em Orlando
"Este é um incidente que, a meu ver, certamente pode ser classificado como um incidente doméstico de terrorismo" disse o xerife do condado de Orange, ... Foto: AP Photo/Phelan M. EbenhackMais
Ataque em Orlando
Inicialmente, a polícia disse por meio do Twitter que o barulho ouvido perto do local do tiroteio teria sido uma "explosão controlada" Foto: AP Photo/Phelan M. Ebenhack
Ataque em Orlando
Um dos frequentadores da casa noturna, Rob Rick contou que o ataque teve início por volta das 2h da manhã, pouco antes do encerramento da festa. "Todo... Foto: AP Photo/Phelan M. EbenhackMais
Ataque em Orlando
Apesar do ataque, a Parada Gay ocorreu na Filadélfia Foto: Jessica Kourkounis/Getty Images/AFP
Ataque em Orlando
Em Washington, a polícia a segurança no Festival do Orgulho Gay. Acima, imagem do evento na Filadélfia, que também ocorreu apesar do ataque em Orlando Foto: Jessica Kourkounis/Getty Images/AFP
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Um atirador disparava com um fuzil, derrubando frequentadores em pânico que procuravam saídas, tentavam se esconder ou se jogavam no chão. Testemunhas disseram que as pessoas passavam por cima de vivos e mortos na luta para sobreviver. “Era o caos”, disse Rivera.
Como estava perto de uma das saídas, o DJ foi um dos sobreviventes, mas 50 não saíram vivos do local. Quando começaram os tiros, a Pulse postou em sua conta no Facebook: “Saiam todos e corram”. O atirador foi identificado como Omar Mateen, de 29 anos. “Parecia bem preparado e organizado”, disse o chefe de polícia de Orlando, John Mina.
A boate tem dois salões principais, um para performances de drag queens e shows e outro para dançar. “É um lugar muito pequeno”, disse Choy. “Isso me preocupava. Num incidente como o tiroteio, não há para onde correr.”
Jon Alamo estava na parte de trás do clube quando Mateen apareceu. “Aí escutei 20, 40, 50 tiros. A música parou.”Christopher Hansen, frequentador, disse que quando os tiros começaram jogou-se no chão e conseguiu fugir. “Quando saía, havia sangue por todo lado. Alguém estava caído em meu caminho, não sabia se vivo ou morto. Tirei a bandana da cabeça e enfiei no buraco de bala que ele tinha nas costas.”
Ele contou que mesmo depois de todos saírem, os tiros continuaram. “Policiais gritavam ‘vai, vai, limpem a área’”. Segundo as autoridades, um policial que trabalhava na boate trocou tiros com Mateen.
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Quando as notícias se espalharam, amigos e parentes de frequentadores começaram uma busca desesperada por informações. Mina Justice tentava encontrar o filho, Eddie. Ele havia mandado uma mensagem de texto dizendo que tinha corrido para um banheiro, com outros, procurando se esconder do atirador. “Ele está chegando”, continuou. A seguinte dizia: “Está aqui. Nos pegou”. Foi a última mensagem.
Para membros da comunidade LGBT do centro da Flórida e funcionários da Pulse, o clube era mais do que um lugar para dançar, era um lugar para se sentir em família. “Todos que trabalhavam lá eram tratados como irmãos e irmãs”, disse o dançarino Di’Costa.