Social-democratas exigem concessões de Merkel para acordo de coalizão

56% dos delegados do partido votaram, no domingo, a favor de iniciar negociações formais com a chanceler

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BERLIM - O Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) exigiu nesta segunda-feira, 22, concessões dos conservadores da chanceler Angela Merkel sobre imigração e assistência médica nas conversas de coalizão, que o partido de centro-esquerda aprovou em votação no fim de semana.

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Em um congresso do SPD onde ficaram claras as divisões sobre a aliança proposta com os conservadores, 56% dos delegados votaram, no domingo, a favor de iniciar negociações formais sobre as bases de um plano fechado anteriormente.

A chanceler alemã Angela Merkel responde perguntas em uma entrevista coletiva depois de formar o governo de coalizão Foto: AP Photo/Markus Schreiber

A margem foi mais estreita do que muitos analistas previram e colocou pressão sobre líderes do SPD para aperfeiçoarem o acordo inicial para satisfazer membros relutantes.

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Merkel e o líder do SPD, Martin Schulz, irão se encontrar nesta segunda-feira e as conversas completas podem começar na terça-feira.

“Eu acho que os conservadores entenderam que o SPD precisa ser convencido”, disse o secretário-geral do SPD, Lars Klingbeil, à emissora pública ARD.

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Ele disse que o SPD quer acrescentar mudanças a um acordo sobre imigração que limita a mil por mês o número de pessoas que podem ser aceitas como refugiadas na Alemanha sob regras de reunião familiar.

O partido também espera por um compromisso sobre o “seguro do cidadão”, que o SPD quer implementar no lugar dos atuais sistemas público e privado de saúde da Alemanha.

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Alguns temem que caso líderes do SPD não consigam resolver tais questões essenciais, a base do partido irá rejeitar um acordo final.

Mirando um quarto mandato como chanceler, Merkel quer que o SPD concorde em retomar a “grande coalizão” que governou a maior potência econômica da Europa de 2013 a 2017.

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