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Soldado dos EUA admite participação em estupro de iraquiana

Paul Cortez escapou da pena de morte e espera por sentença na Califórnia

Por Agencia Estado
Atualização:

O soldado americano Paul Cortez admitiu nesta quarta-feira, 21, na Califórnia, ter participado do estupro de uma garota de 14 anos iraquiana e do assassinato de seus familiares em março de 2006. Com a declaração, conseguiu escapar da pena de morte. Cortez confirmou na base de Fort Campbell, Califórnia, que seqüestrou Abeer Qassim al-Janab, jovem iraquiana de 14 anos, em sua casa, em um setor da localidade de Mahmudiya, ao sul de Bagdá, em março de 2006 e juntamente com o militar James Barker, 24, estuprou a jovem iraquiana. O soldado James Barker se declarou culpado em novembro do ano passado e foi condenado a 90 anos de confinamento numa prisão militar. Segundo Cortez, o militar Steven D. Green também participou do crime e matou a tiros o pai, mãe e irmã da garota violentada. Em seguida, matou a garota. Green, acusado de ser o líder do grupo, será submetido a um julgamento civil Sob termos de acordo jurídico, Cortez será sentenciado a passar o resto de sua vida na prisão. No entanto, ainda nesta quinta-feira, 22, a sentença será dada anunciando se o réu terá a possibilidade de brigar por liberdade condicional. Fontes militares explicaram que, aceitando a declaração de culpa, o juiz, coronel Stephen Henley, não poderá condenar o réu à morte. A sentença máxima seria a prisão perpétua. Além disso, Cortez se comprometeu a cooperar com a investigação do incidente. Cortez ainda deve testemunhar contra outros três soldados supostamente envolvidos no caso, segundo a agência de notícias Associated Press. O caso de Mahmudiya foi um de vários incidentes de abusos contra a população civil envolvendo soldados americanos.

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