Soldado seqüestrado está vivo, afirma governo de Israel

Prazo dado pelo Hamas para Israel libertar mais de mil prisioneiros palestinos, em troca do militar, já expirou. Seqüestradores estudam a a transferência de Shalit para o Egito ou a França

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Por Agencia Estado
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O soldado israelense Guilad Shalit, capturado no dia 25 de junho por um comando palestino, "está vivo", afirmou nesta terça-feira o porta-voz do governo de Israel, Avi Pazner, ao canal francês de televisão LCI. "Nós sabemos que nesta hora Shalit está vivo. Sabemos que está ferido e que foi atendido por um médico palestino há alguns dias", disse Pazner em francês. "Temos informações seguras. Neste momento que estou falando com você, ele está vivo", insistiu. Em Gaza, os três grupos palestinos que capturaram o militar afirmaram que não queriam matá-lo, após expirar à meia-noite (horário de Brasília) o prazo para Israel começar a libertar os mais de mil prisioneiros palestinos em troca de libertação de Shalit. Os três grupos de militantes palestinos, ligados ao Hamas, estabeleceram na segunda-feira um prazo de 24 horas para que Israel começasse a libertar mulheres e crianças entre os detentos que mantém em suas prisões. Caso contrário, eles dizem que irão considerar o caso do soldado "encerrado", e que o "inimigo deve agüentar todas as conseqüências dos resultados futuros". Negociações O legislador palestino Mohammed Dahlan, aliado próximo do moderado presidente Mahmoud Abbas, afirmou que o ultimato foi uma tática de negociação e que os esforços para chegar a um acordo continuam. "O que nos interessa agora na Faixa de Gaza é não chegar a um ponto em que não haja retorno", ele disse. "Todos têm um interesse em sair dessa crise. O jornal árabe Al-Hayat informa nesta terça-feira sobre um suposto plano para acabar com a crise. Ele incluiria a transferência de Shalit para o Egito ou França em troca de um compromisso por parte de Israel de libertar prisioneiros palestinos, mas sem negociar com as facções. Além disso, Israel suspenderia a operação Chuvas de Verão no sul e norte da faixa de Gaza e os milicianos palestinos, provavelmente, renunciariam a seus ataques contra localidades israelenses com foguetes Qassam. O porta-voz do Exército Islâmico, um dos grupos que reivindicaram o seqüestro do soldado israelense, disse a jornalistas em Gaza que a religião islâmica "manda respeitar os prisioneiros e não matá-los".

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