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Soldados dos EUA ficarão períodos maiores em guerras

Medida permitirá manutenção de número de tropas no Iraque e Afeganistão

Por Agencia Estado
Atualização:

Soldados do Exército americano enviados ao Iraque e ao Afeganistão passarão a ficar 15 meses engajados, três a mais do que período atual, informou nesta quarta-feira o secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates. A decisão é a mudança mais recente feita pelo Pentágono para manter um alto número de soldados em duas frentes de batalha simultâneas, ao mesmo tempo em que busca ampliar a atuação no Iraque como parte de um plano do presidente George W. Bush para estabilizar a situação em Bagdá. A medida entrará em vigor imediatamente. "Essa política é um passo provisório difícil, porém necessário", disse Gates durante uma entrevista coletiva. Ele acrescentou que seu objetivo é retornar para os 12 meses padrão assim que possível. A medida não alterará o tempo de engajamento de outras unidades das forças americanas, como os marines e a Guarda Nacional. Gates admitiu ainda que as guerras no Iraque e Afeganistão estão deixando a vida de muitos militares mais difíceis. "Nossas foras estão se desdobrando, não há dúvidas sobre isso", disse ele. Ele acrescentou que a nova política busca ainda garantir que todos os membros do Exército permaneçam ao menos 12 meses em casa entre diferentes idas ao Iraque. Segundo Gates, a medida permitirá que o Pentágono mantenha seu atual número de tropas no Iraque por mais um ano. O secretário destacou, entretanto, que ainda não há uma decisão sobre quantos soldados serão mantidos no país árabe no futuro. Caso não ampliasse o tempo de engajamento para 15 meses, o Exército seria obrigado a reconvocar cinco brigadas antes que os soldados completassem 12 meses de descanso, disse Gates. Atualmente, os Estados Unidos contam com 145 soldados no Iraque. Em junho, quando a ampliação da força prometida por Bush estiver completa, esse número deve chegar a 160 mil.

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