24 de janeiro de 2020 | 16h58
Cerca de trinta soldados americanos sofreram lesões cerebrais traumáticas ou concussões em um recente ataque aéreo iraniano contra uma base militar no Iraque que abrigava tropas estrangeiras, informou o Pentágono nesta sexta-feira, 24.
"No total, 34 soldados foram diagnosticados com concussões e TCE (lesão cerebral traumática)", disse o porta-voz do Pentágono Jonathan Hoffman a repórteres.
A informação contradiz as afirmações iniciais do presidente Donald Trump de que nenhum americano foi ferido no ataque à base de Ain al Asad, no oeste do Iraque. Na última quinta-feira, 16, a Marinha dos Estados Unidos já havia divulgado que ao menos 11 americanos ficaram feridos no ataque.
"Apesar de nenhum membro militar americano ter morrido no ataque iraniano de 8 de janeiro à base aérea de Al-Assad, vários foram tratados por sintomas de comoção cerebral devido às explosões e ainda estão sob avaliação", informou o porta-voz do Comando Central da Marinha, Bill Urban.
"Nos dias posteriores ao ataque, por precaução, alguns membros do serviço foram transferidos da base aérea de Al-Assad", revelou Urban, especificando que 11 soldados passaram pelo Centro Médico Regional Landstuhl, na Alemanha, e pelo Campo de Arifjan, no Kuwait, para exames médicos.
O ataque aconteceu no dia 8 de janeiro. Mísseis balísticos disparados pelo Irã atingiram ao menos duas bases que abrigavam soldados americanos: Ain al-Assad e Irbil, na região do Curdistão iraquiano.
Segundo a TV estatal iraniana Press TV, a Guarda Revolucionária iraniana reivindicou os ataques com mísseis terra-terra contra as bases. “Os bravos soldados da unidade aérea da Guarda Revolucionária do Irã lançaram com sucesso um ataque com dezenas de mísseis balísticos contra a base militar de Ain al-Assad em nome do mártir general Qassim Suleimani”, dizia a mensagem, citando apenas a primeira base alvo dos ataques. No momento do ataque, a maioria dos 1.500 soldados americanos na base estavam em abrigos antiaéreos. /AFP e EFE
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