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Soldados israelenses matam 5 palestinos, entre eles uma criança

Por Agencia Estado
Atualização:

Soldados israelenses abriram fogo contra palestinos que participavam do funeral de um líder militante na Faixa de Gaza, causando a morte de um menino de 12 anos, denunciaram fontes hospitalares nesta sexta-feira. Em resposta, extremistas dispararam foguetes contra a cidade israelense Sderot. Mais quatro palestinos morreram em outros incidentes violentos com soldados israelenses. De acordo com autoridades palestinas, os militares do Estado judeu mataram o menino e feriram outras cinco pessoas durante o funeral de Amr Abu Suta, morto ontem em um ataque aéreo israelense. De acordo com as fontes, soldados que faziam a segurança de um assentamento judaico próximo abriram fogo contra jovens atiradores de pedras. Segundo a versão israelense, um grupo de 70 palestinos que saiu do funeral ignorou disparos de alerta e entrou numa área perigosa perto de uma cerca controlada pelo Exército de Israel. Não há informações sobre vítimas no posterior ataque de mísseis Qassam contra a cidade israelense de Sderot. Ainda nesta sexta-feira, soldados israelenses mataram diversos palestinos perto da cidade de Bureij. Segundo militares do Estado judeu, os homens tentavam plantar explosivos perto de um entroncamento entre a Faixa de Gaza e Israel. Duas rádios israelenses divulgaram a morte de quatro palestinos no incidente. Horas mais tarde, helicópteros israelenses atacaram uma suposta fábrica de bombas em um bairro movimentado da Cidade de Gaza, atingindo um edifício de propriedade da família de uma jovem mãe que promoveu um atentado suicida no início do ano. Médicos palestinos disseram que dois pedestres ficaram feridos quando um dos mísseis atingiu o andar do meio do edifício de três andares, fazendo surgir uma bola de fogo. O local estava vazio no momento do ataque. Israel alega que funcionava no prédio uma metalúrgica supostamente dedicada à fabricação de bombas para o braço armado do grupo islâmico Hamas. Autoridades locais, no entanto, garantem que no local funcionava uma fábrica de baterias para carros. Fontes israelenses e palestinas disseram que o prédio pertencia à família de Reem Raiyshi, uma mãe de 22 anos que promoveu um atentado suicida no entroncamento de Erez, na divisa entre a Faixa de Gaza e Israel, em janeiro. Três soldados israelenses e um agente de segurança particular morreram no atentado promovido por Reem.

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