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Soldados israelenses matam egípcio em Gaza

Por Agencia Estado
Atualização:

Soldados israelenses assassinaram um homem egípcio hoje nas proximidades de um entroncamento controlado pelo Exército judeu na Faixa de Gaza, quando muitos israelenses celebravam o Yom Kippur, a data mais sagrada do calendário judaico. Apesar de o Yom Kippur - o Dia do Perdão para os judeus - ser encerrado na noite de hoje, as forças israelenses anunciaram que continuarão em alerta até amanhã. Israel reforçou as restrições impostas às áreas civis palestinas durante os recentes feriados religiosos por temor a eventuais atentados. O assassinato do egípcio ocorreu num entroncamento da rodovia que liga o norte ao sul de Gaza, próximo ao assentamento judaico de Gush Katif. No entanto, há informações truncadas sobre como o homem foi morto. O Exército israelense garante que o homem atirou "diversas granadas" contra seus soldados, mas recusou-se a informar detalhes. Um oficial palestino comentou que não havia uma explicação clara para o ocorrido. "Este homem foi assassinado sem nenhum motivo aparente quando viajava pela rodovia que liga o norte ao sul da Faixa de Gaza", disse o major-general Abdel Razek Majaidya em entrevista por telefone. "Nós condenamos este assassinato." Fontes palestinas identificaram a vítima como Abdelfatah Abudo um cidadão egípcio de 25 anos. Antes, ele fora erroneamente identificado como um palestino. Fontes dos serviços egípcios de segurança informaram que Abudo estava em Gaza havia dois anos, mas não forneceram mais detalhes. Testemunhas disseram que o assassinato aconteceu quando soldados paravam veículos no entroncamento e obrigavam os passageiros a sair. O homem enfrentou os soldados depois de ordenarem a ele que saísse do carro, disse uma testemunha, o taxista Marwah Khateeb, de 42 anos. O homem estava desarmado e viajava num táxi, garantiu Khateeb. Israel controla o local há mais de um ano e meio. Muitos palestinos já foram assassinados na mesma área.

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