Soldados israelenses matam supostos ativistas do Hamas

Segundo o Exército de Israel, quatro integrantes do braço armado do Hamas aproximaram-se da fronteira para plantar explosivos; três morreram no ataque

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Por Agencia Estado
Atualização:

Militares israelenses mataram neste sábado pelo menos três supostos ativistas do braço armado do grupo islâmico Hamas perto da fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel, informaram oficiais do Exército. O ataque israelense ocorre apenas um dia depois de o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, ter participado de uma rara reunião com Khaled Meshal, líder do Hamas no exílio, com o objetivo de buscar formas de resgatar um cessar-fogo cada vez mais frágil. Segundo o Exército de Israel, quatro integrantes do braço armado do Hamas aproximaram-se da fronteira para plantar explosivos e foram atacados. De acordo com médicos palestinos, três pessoas morreram e uma ficou gravemente ferida no incidente. O Hamas confirmou que os três mortos pertenciam a seu braço armado. Não está claro se o braço armado agiu com o consentimento da direção do Hamas. Recentemente, os integrantes mais radicais do grupo islâmico têm manifestado insatisfação com o fato de o braço político da organização estar liderando uma coalizão de governo ao lado da facção Fatah, mais moderada. Também neste sábado, o governo de Israel negou que o primeiro-ministro do país, Ehud Olmert, tivesse dito a uma revista alemã que o polêmico programa nuclear do Irã poderia ser seriamente comprometido se atingido por mil mísseis, num ataque que levaria dez dias. A revista alemã Focus afirmou que o seu repórter, Amir Taheri, perguntou a Olmert numa entrevista se haveria a possibilidade de uma ação militar contra o Irã, caso o país continuasse a desafiar a Organização das Nações Unidas. Segundo a revista, o primeiro-ministro teria respondido: "Ninguém está descartando isso. É impossível talvez destruir todo o programa nuclear, mas seria possível causar danos que o fariam retroceder em anos", teria dito Olmert, segundo a Focus. "Isso levaria dez dias e envolveria o uso de mil mísseis Tomahawk", continuou a revista, citando Olmert.

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