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Soldados israelenses prendem suspeito de ataque a kibutz

Por Agencia Estado
Atualização:

Após três dias de intensas buscas, soldados israelenses encontraram o suposto líder de um ataque contra um kibutz israelense e o obrigaram a ficar só de cuecas antes de se render nesta quinta-feira, em Tulkarem, na Cisjordânia. Numa operação do Exército na Faixa de Gaza, tropas israelenses realizaram um ataque matinal à Cidade de Gaza - um local movimentado, do qual os soldados raramente se aproximam - e detiveram quatro irmãos palestinos suspeitos de fabricar morteiros. As ações fazem parte de uma nova prática militar israelense: o Exército envia um grande número de tanques, veículos blindados e soldados às cidades palestinas durante a noite, para prender determinados suspeitos de militância. Em Tulkarem, de onde os soldados entram e saem desde terça-feira, os militares foram à casa onde Mohammed Naefe, o suspeito, estava escondido. Seguindo ordens dos soldados, ele saiu com as mãos para cima, apenas de cuecas, para garantir que não carregava explosivos. Um grupo de defesa dos direitos humanos ajudou a negociar a rendição de Naefe e outros dois supostos cúmplices. O Exército do Estado judeu acusa Naefe de planejar o ataque realizado pouco antes da meia-noite de domingo contra o kibutz Metzer, onde cinco pessoas foram mortas, inclusive duas crianças. O autor dos disparos conseguiu fugir. A autoria do atentado foi reivindicada pelas Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, ligadas ao movimento político Fatah, do líder palestino Yasser Arafat. Tanto Arafat quanto a Fatah criticaram ação, alegando que ela foi praticada por "párias" fora de controle. Ambos pediram o fim dos atentados contra civis israelenses. Ainda nesta quinta-feira, operações militares de Israel na cidade de Nablus resultaram no assassinato de um palestino de 17 anos, depois de soldados abrirem fogo contra jovens que atiravam pedras em veículos blindados. O Exército justificou a operação em Nablus como mais uma ação em busca de militantes das Brigadas Al-Aqsa. Pelo menos quatro casas da cidade velha de Nablus foram bastante danificadas, com soldados fazendo buracos nas paredes para colocar explosivos e abrir passagens. Em Rafah, na fronteira com o Egito, o Exército israelense matou Jamal Abu Helal, de 33 anos, na noite de hoje, informaram testemunhas e fontes hospitalares. Militares estavam checando a denúncia. Mais cedo, centenas de palestinos participaram da procissão fúnebre de um menino de dois anos assassinado por soldados israelenses no campo de refugiados de Rafah, no início da semana. O Exército de Israel garantiu que trocava tiros com militantes palestinos quando matou o garoto. Testemunhas dizem que os israelenses abriram fogo sem provocação.

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