Soldados israelenses são atingidos em combates em Bint Jbeil

Os nove combatentes, que invadiram a cidade de Bint Jbeil na madrugada de domingo, sofreram ferimentos leves

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Por Agencia Estado
Atualização:

Nove soldados israelenses ficaram feridos nesta segunda-feira nos combates armados contra milicianos libaneses do Hezbollah na cidade de Bint Jbeil, informaram fontes israelenses. Os soldados, que invadiram o povoado na madrugada de domingo, sofreram ferimentos leves, disseram as fontes sem dar outros detalhes. As tropas israelenses, apoiadas por carros blindados e pela artilharia, receberam a missão de destruir lança-foguetes de médio e longo alcance em poder dos milicianos Hezbollah. Segundo fontes da Força Aérea de Israel, 270 alvos no território libanês foram atacados nas últimas 24 horas. Os soldados israelenses em Bint Jbeil também receberam a missão de controlar o sul do Líbano ao longo da fronteira com Israel. A medida visa impedir o estabelecimento de milicianos na região. Durante os ataques de domingo, guerrilheiros dispararam mais de 90 mísseis, grande parte deles contra a cidade portuária e industrial de Haifa, matando dois civis e deixando dezenas feridos, além de causar numerosos danos. Chefes das Forças Armadas e da Polícia Nacional de Israel se reunirão na segunda-feira com prefeitos de Tel Aviv e outras cidades nas suas proximidades. As autoridades temem que o Hezbollah dispare seus foguetes de médio alcance, como os "Zilzal", montados no Irã, que podem chegar a 160 quilômetros de alcance. Enquanto isso, a imprensa em Beirute diz que o líder do braço armado Hezbollah, Hassan Nasrallah, entregou ao Governo do premier do Líbano, Fouad Siniora, uma lista com os primeiros nomes de presos libaneses, palestinos e de outros países que podem ser trocados pelos dois soldados israelenses seqüestrados no dia 12 deste mês. A ministra de Assuntos Exteriores de Israel, Tzipi Livni, que se reunirá com a secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, afirmou neste domingo que "não existe nenhuma tensão" para resolver o conflito por meios diplomáticos e políticos. Rice deve chegar na tarde de segunda-feira a Israel, onde também se reunirá com o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, e com o ministro da Defesa, Amir Peretz, entre outras personalidades. No entanto, a reunião com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, anteriormente anunciada, ainda não foi confirmada. O premier israelense afirmou no domingo ao ministro de Exteriores alemão, Walter Steinmeier, que Israel considerará o estabelecimento de uma força multinacional na fronteira do Líbano com o Estado judeu, algo a que o governante era contrário no começo das ofensivas militares, há 12 dias. Apesar de terem passados 13 dias desde o início dos ataques, as Forças Armadas israelenses ainda não conseguiram reduzir o número de milicianos do Hezbollah ou impedir que eles continuem disparando seus mísseis contra Israel. As condições exigidas por Olmert para admitir uma força multinacional, formada por tropas da União Européia (UE), são que esses efetivos cooperem com o Exército libanês para que ele se estabeleça no sul do país árabe, região que estava sob controle exclusivo do Hezbollah, além de supervisionar as fronteiras entre Líbano e Síria. Olmert também condiciona a aceitação de uma força multinacional, que poderia pôr fim às hostilidades, ao desarmamento do Hezbollah, de acordo com a resolução 1559 aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU após a retirada do Exército israelense do Líbano em 2000. Já o ministro da Defesa de Israel, Amir Peretz, se manifestou favorável a uma força internacional liderada por efetivos da Otan para manter os milicianos do Hezbollah longe da fronteira.

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