
19 de setembro de 2010 | 16h50
Os soldados começaram a matar civis afegãos por diversão no inverno passado (no hemisfério norte), quando um homem afegão se aproximou deles no vilarejo de Mohammed Kalay, informou a reportagem. Quando o civil se aproximou, um soldado disse que o pelotão estava sob ataque e jogou uma granada de fragmentação no civil, disse o jornal. Então outros soldados abriram fogo e mataram o homem.
De acordo com o Post, o ataque gratuito ocorrido em 15 de janeiro deste ano foi o começo de meses de agressões a civis afegãos, que resultaram numa das mais graves acusações contra soldados norte-americanos desde a invasão do Afeganistão pelos EUA no final de 2001.
Soldados do pelotão foram acusados de desmembrarem e fotografarem os corpos dos civis que assassinaram, além de colecionarem um crânio e outros ossos humanos, disse a reportagem. O pai de um soldado afirmou que repetidamente alertou o Exército após seu filho ter lhe contado sobre o primeiro assassinato, apenas para ser repelido pelos militares, disse o Post.
Documentos militares acusam que cinco membros da unidade realizaram pelo menos três assassinatos na província de Kandahar entre janeiro e maio deste ano. Outros sete soldados dos EUA foram acusados de crimes relacionados ao caso, incluído uso de haxixe, tentativa de impedir a investigação e uma agressão conjunta a um soldado que descobriu os crimes, afirmou o Post.
Oficiais do Exército não descobriram nenhum motivo para os crimes. Uma revisão dos documentos militares e entrevistas com pessoas familiarizadas com o caso sugerem que os assassinatos foram cometidos simplesmente por esporte, por soldados que faziam uso constante de haxixe e bebidas alcoólicas, disse o Post. Os soldados negam as acusações, afirma o jornal. As informações são da Dow Jones.
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