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Soldados no Golfo reclamam de falta de comida

Por Agencia Estado
Atualização:

Familiares de soldados britânicos enviados ao Golfo Pérsico disseram nesta sexta-feira que os militares não estão sendo bem alimentados - em algumas ocasiões fazem apenas uma refeição por dia - e dependem de seus colegas norte-americanos para obter equipamentos essenciais. No entanto, o general Mike Jackson, chefe de Estado Maior das Forças Armadas britânicas, nega a existência do problema. "Se uma coisa me deixaria preocupado seria eles terem conforto demais. Se foi pedido a eles que façam um trabalho perigoso em circunstâncias difíceis, eles devem estar habituados a essas circunstâncias", disse Jackson, no Kuwait, nesta sexta-feira. As condições dos soldados britânicos transformaram-se no principal assunto dos programas de rádio e televisão no país, após a divulgação de notícias segundo as quais haveria uma potencial ameaça de atentados contra soldados no Kuwait e depois das declarações de familiares, de que receberam cartas e e-mails de soldados reclamando da falta de comida e equipamentos. Sue, mãe de um fuzileiro naval enviado ao Golfo Pérsico que não disse seu sobrenome para preservar a identidade do filho, disse à BBC que recebeu uma mensagem de correio eletrônico com detalhes sobre a situação. "A situação da comida ainda é ruim. Um pequeno pacote com ração para o almoço. A alimentação é pouca e inadequada", dizia o e-mail. "Os equipamentos solicitados ainda não foram recebidos - tudo, desde botas para o deserto e camuflagem para veículos e armas. Os norte-americanos nos emprestam tudo. Do jeito que as coisas estão, pessoas aqui vão morrer." Um pai, identificado somente como Derek, disse que seu filho no Kuwait recebe somente uma refeição diária e o moral das tropas está em baixa.

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