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Soros criará rede mundial de universidades para combater autoritarismo

Rede, batizada como Open Society University Network, terá como missão promover valores liberais e pensamento crítico

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Por Redação
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DAVOS, SUÍÇA - O bilionário George Soros anunciou nesta quinta-feira, 23, a criação de uma rede mundial de universidades, para a qual doará US$ 1 bilhão e que terá como missão frear o autoritarismo, promovendo valores liberais e pensamento crítico.

O investidor e filantropista bilionário George Soros em discurso no Fórum Econômico Mundial Foto: Fabrice Coffrini/AFP

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A rede foi batizada como Open Society University Network (Osun) e será constituída a partir da Universidade Centro-Europeia, fundada pelo próprio Soros em Budapeste há 30 anos e que foi obrigada a se mudar para Viena, na Áustria, por pressões do governo nacionalista de Victor Orbán na Hungria.

"Considero que a Osun é o projeto mais importante e duradouro da minha vida. Gostaria de vê-la implementada enquanto estou presente", disse Soros, de 89 anos, durante um jantar com um grupo de veículos de imprensa que cobrem o Fórum Econômico Mundial, em Davos. 

A rede de universidades reunirá ensino e pesquisa em instituições de educação superior em todo o planeta, oferecendo cursos em rede e programas conjuntos de graduação. Além disso, a Osun reunirá estudantes e professores de diferentes países em debates presenciais e virtuais.

"O objetivo é chegar aos estudantes que mais necessitam e fomentar valores de uma sociedade aberta, como a liberdade de expressão e a diversidade de crença", afirmou o grupo de Soros em nota.

Para o bilionário, o mundo precisa de uma estratégia de longo prazo caso sobreviva a desafios mais urgentes, como a crise climática e o estado de descontentamento que se estende por vários países.

"Nossa melhor esperança é o acesso a uma educação de qualidade, especificamente uma educação que reforce a autonomia do indivíduo ao cultivar o pensamento crítico e enfatizar a liberdade acadêmica", disse ele.

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Soros disse considerar a atual situação mundial como bastante sombria, mas ressaltou que cair em desespero é um erro. /EFE

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