
15 de novembro de 2010 | 17h34
TEERÃ - Uma mulher identificada como a iraniana Sakineh Ashtiani, condenada à morte por adultério, e posteriormente, por homicídio, apareceu na TV estatal iraniana nesta segunda-feira, 15, admitindo a culpa pelos crimes dos quais é acusada.
Veja também:
As punições da Sharia, a Lei Islâmica
As origens do sistema jurídico do Islã
Entenda o caso Sakineh Ashtiani
"Sou uma pecadora", disse a mulher. Comentários de seu filho, do advogado e de dois alemães presos acusados de tentar entrevistar a família dela também foram exibidos.
Sakineh foi condenada em 2006 por manter relações com dois homens após ficar viúva, o que, segundo a lei islâmica, também é considerado adultério. Ela foi condenada a 99 chibatadas. Depois, esta pena foi convertida em morte por apedrejamento.
Em julho deste ano, seu advogado Mohammad Mostafaei tornou público o caso em um blog na internet, o que chamou a atenção da comunidade internacional. Perseguido pelas autoridades iranianas, ele fugiu para a Turquia, de onde buscou asilo político na Noruega.
A sentença de apedrejamento foi suspensa, mas ainda pode ser retomada pela Justiça. Um tribunal de apelações acrescentou ao caso a acusação de conspiração para o assassinato do marido, da qual ela continua condenada a morte por enforcamento.
Leia ainda:
Jornalista preso por caso Sakineh faz suposta acusação a ativista
Com AP
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.