Mais de 6.200 soldados do Exército do Sri Lanka morreram na última fase do conflito, que começou em 2006, contra os "tigres tâmeis", informou uma fonte militar. Durante o conflito contra os Tigres de Libertação da Pátria Tâmil (LTTE), outros 30 mil militares ficaram feridos, segundo o porta-voz do Exército Udaya Nanayakkara. Ele afirmou ainda que as tropas mataram 22 mil rebeldes no mesmo período.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, chegará nesta sexta-feira, 22, ao país, e deve se reunir com autoridades no sábado para estudar a situação dos refugiados. O Exército cingalês aniquilou na segunda-feira a cúpula dos LTTE e pôs fim ao conflito após uma ofensiva de vários meses no norte do país que causou o deslocamento de aproximadamente 280 mil pessoas, agora hospedadas em campos instalados pelo governo. A situação dos deslocados no Sri Lanka é motivo de preocupação para a comunidade internacional. Segundo a BBC, grupos de auxílio humanitário afirmam não ter acesso aos campos de refugiados.
Na quinta-feira, o governo do Sri Lanka prometeu fornecer meios para que os 280 mil refugiados tâmeis deslocados pelos conflitos no país voltem para suas casas no prazo de seis meses. Temia-se que o governo pretendesse deixar os deslocados nos campos indefinidamente.
O governo cingalês também afirmou que os focos restantes do grupo rebelde separatista Tigres de Libertação da Pátria Tâmil precisam ser desbaratados e a infraestrutura da região reconstruída antes que os civis possam voltar a suas casas. O Sri Lanka também afirmou que há "uma necessidade urgente de se chegar a um ajuste político duradouro no país" e prometeu começar um diálogo com todos os partidos, incluindo os tâmeis. "(O diálogo) vai aprimorar os arranjos políticos para trazer uma paz duradoura e a reconciliação ao Sri Lanka", diz o comunicado.
Antes, o ministro da Reconciliação do Sri Lanka, Vinayagamoorthi Muralitharan, afirmou, em entrevista à BBC, que ocorrerão eleições nas áreas afetadas pelos conflitos recentes, depois que os deslocados se restabelecerem. Segundo ele, estas eleições servirão para aliviar o descontentamento da minoria tâmil no país.