26 de janeiro de 2010 | 10h38
Esses atentados devem ter ajudado a espantar os eleitores. Contudo, não houve relatos de grandes casos de violência até o fechamento das urnas. Havia menos entusiasmo com as eleições nas áreas de minoria tâmil mais afetadas pela violência.
Há oito meses, o presidente Rajapaksa e o general Fonseka declararam vitória sobre o Exército de Libertação dos Tigres do Tamil Eelam (LTTE), após 25 anos de guerra civil. Muitos eleitores, no entanto, estavam mais preocupados com a economia estagnada do país do que com a paz.
"A vida está difícil, o custo de vida está alto. Nós precisamos de uma mudança de governo para parar com a corrupção", defendeu Pathirannnehelage Priyalal, um empresário de 40 anos, na cidade de Gampaha, ao norte de Colombo, após declarar o voto em Fonseka. "Não houve melhoria desde após a guerra e, se esse governo permanecer, mesmo encontrar comida será difícil."
Rajapaksa ainda recebe forte apoio por sua vitória no confronto com o LTTE. Ele é acusado por grupos de direitos civis de usar os recursos do governo para fortalecer sua campanha. Rajapaksa e Fonseka são considerados heróis pela maioria cingalesa. Ambos prometeram levar desenvolvimento ao país e liderar o esforço de reconstrução após a guerra civil. Nenhum deles apresentou um plano detalhado para resolver as tensões étnicas que geraram a insurgência.
Disputa
Não houve pesquisas confiáveis, mas os dois favoritos têm forte apoio da maioria cingalesa. Mas os votos dos tâmeis podem ser decisivos caso a disputa seja apertada. Há outros 20 candidatos na corrida eleitoral.
A oposição afirmou que o governo provavelmente tentaria fraudar o pleito. Como um sinal de possíveis irregularidades, o próprio Fonseka disse que seu nome não estava na lista de registro eleitoral. A comissão eleitoral informou que isso não afetará a candidatura do general. Os primeiros resultados da disputa devem sair amanhã.
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