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Straw apresenta "defesa moral" da guerra contra o Iraque

Por Agencia Estado
Atualização:

Após uma manifestação de paz que levou quase 1 milhão de pessoas às ruas de Londres e em resposta às críticas de líderes religiosos, o secretário britânico de Exterior, Jack Straw, apresentou aquilo que chamou de "defesa moral para guerrear" com o Iraque. Ele citou os "brutais abusos" de Saddam Hussein contra seu próprio povo e sua "postura agressiva" com relação aos países vizinhos para dizer que o presidente iraquiano precisa ser desarmado para garantir que nunca mais representará ameaça. O arcebispo de Cantuária, Rowan Williams, questionou publicamente o raciocínio de Straw dizendo que, enquanto há uma base legítima para um argumento sobre o sofrimento do povo iraquiano, não se sabe se a guerra tornará sua vida melhor ou pior. "Se ocorre um conflito militar, certamente há vítimas", admitiu Straw. "A guerra é terrível. Mas há circunstâncias nas quais não ir à guerra é mais terrível ainda." Straw pediu aos ouvintes no Instituto Real de Relações Exteriores que imaginassem qual seria o efeito sobre os britânicos se o Exército usasse gás venenoso contra minorias étnicas, como fizeram as forças de Saddam em 1988, causando a morte de cerca de 5.000 civis na cidade curda de Halabja. "Execuções arbitrárias, perseguição racial e outras formas de violência sancionada pelo governo são um fato cotidiano da vida sob Saddam, há 24 anos", garantiu. Ele prometeu que a Grã-Bretanha está comprometida em ajudar na reconstrução iraquiana e garantiu que os lucros da produção de petróleo do país serão utilizados para o bem coletivo dos cidadãos iraquianos.

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