Sudaneses protestam em Cartum contra resolução da ONU

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Por Agencia Estado
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Mais de 100.000 pessoas participaram de uma manifestação organizada pelo governo sudanês contra uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas que estabelece prazo de 30 dias para que o Sudão contenha a violência de milicianos árabes em Darfur, sob pena de sofrer ações diplomáticas e econômicas. Os manifestantes também alertaram que o Sudão poderia se transformar em um campo de batalha tão sangrento quanto o Iraque ou o Afeganistão no caso de forças militares estrangeiras entrarem no país para tentar conter o conflito de 17 meses em Darfur, no leste do país, onde mais de 30.000 pessoas foram assassinadas, um milhão, desabrigadas e 2,2 milhões precisam urgentemente de comida, remédios e outros tipos de ajuda humanitária. "Atacar o Sudão significa entrar em um terceiro pântano depois do Iraque e do Afeganistão", avisou Mohammed Ali Abdullah, um político do alto escalão do partido governista sudanês. Seu comentário teve como alvos diretos o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e o primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair. Apesar de nenhum governo ocidental ter ameaçado invadir o Sudão, uma eventual intervenção militar é discutida desde quando ficou claro que Cartum não estava reprimindo os perpetradores da maioria das atrocidades em Darfur.

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