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Sudão considera sanções dos EUA "injustas e inoportunas"

As novas sanções aumentam o rigor das já existentes desde 1997 - que proíbem que empresas dos EUA exerçam atividade no Sudão

Por Agencia Estado
Atualização:

O governo sudanês considerou neste sábado "injusto" o novo regime de sanções promulgado na sexta-feira pelo presidente americano, George W.Bush, para punir todos os que estiverem envolvidos em genocídio e crimes de guerra no Sudão. "São medidas injustas, lamentáveis e inoportunas", disse em entrevista coletiva o porta-voz do Ministério do Exterior sudanês, Ali al-Sadeq. "Como as sanções também coincidem com a chegada de um enviado dos EUA, dão uma mensagem negativa que não contribuirá para melhorar as relações entre os dois países", disse o porta-voz, em referência à chegada na sexta-feira à noite do enviado especial americano para o Sudão, Andrew Natsios. As novas sanções aumentam o rigor das já existentes desde 1997 - que proíbem que empresas dos EUA exerçam atividade no Sudão -, quando foram impostas por Washington a Cartum diante da acusação de que o regime do presidente sudanês, Omar Hassan Ahmad al-Bashir, estava promovendo o terrorismo. A Lei de Paz e Responsabilidade em Darfur, promulgada na sexta-feira por Bush após ser aprovada com apoio de ambos partidos no Congresso no mês passado, bloqueia os ativos dos que forem considerados cúmplices de atrocidades na região sudanesa e veta sua entrada neste país. Bush também assinou uma ordem executiva que ratifica as sanções vigentes, mas reduz essas medidas a alguns setores do sul do Sudão. A ordem executiva também inclui isenções que facilitam a assistência humanitária a Darfur. Também aprofunda outras disposições, incluindo uma que proíbe que os americanos realizem transações no Sudão vinculadas ao petróleo. Fontes de órgãos de defesa dos direito humanos afirmaram que cerca de 200.000 pessoas foram assassinadas e 2,5 milhões viraram deslocados em resultado de um conflito que Bush considerou como

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