12 de abril de 2011 | 15h35
Machar afirmou que o governo de Cartum enviou mais soldados para a região logo ao norte de Abyei. A província fica na divisa entre o sul do Sudão, que escolheu ficar independente em referendo de janeiro, e o norte. Ela não foi incluída no referendo de independência e seu status está indefinido. O vice-presidente disse que as forças do Sudão do Sul foram retiradas de Abyei e estão logo ao sul da província. A província é rica em petróleo e terras férteis.
Separação
O Sudão do Sul votou e aprovou em referendo, em janeiro, a sua independência. A medida fazia parte de um acordo firmado em 2005 que acabou com 20 anos de guerra civil. O Sudão do Sul deverá ser o país mais novo do mundo em julho deste ano, quando a independência for oficialmente declarada.
Para Abyei, que fica bem no limite entre as duas regiões, foi prometido um referendo, que não foi realizado. O futuro da província agora é discutido entre o sul e o norte. Duas populações coexistem na região: os fazendeiros Ngok Dinka, leais ao sul e que querem a independência, e os pastores árabes Misseryia, que temem perder acesso às pastagens se a província ficar independente ou integrar o sul.
Machar disse que o sul deseja uma solução pacífica para o problema. "Nós queremos evitar a guerra e continuar as discussões, mesmo que elas se prolonguem", disse. As informações são da Associated Press.
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