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Sudão: Editor que publicou artigo que desagradou islâmicos é assassinado

Editor fora seqüestrado na noite de terça-feira

Por Agencia Estado
Atualização:

O editor-chefe de um jornal sudanês que provocou furor ao publicar um artigo denunciado como blasfemo foi encontrado morto um dia depois de ter sido seqüestrado por desconhecidos, informou nesta quarta-feira a polícia de Cartum. Um grupo de homens armados e encapuzados seqüestrou Mohammed Taha Mohammed Ahmed, editor do diário Al-Wifaq, de sua casa no leste de Cartum na noite de terça-feira. De acordo com uma fonte do Ministério do Interior, que pediu anonimato, o corpo do jornalista foi encontrado hoje em outra parte da cidade. Segundo o major-general Mohammed Nagib al-Tayeb, várias pessoas foram detidas por suposto envolvimento no crime. Al-Tayeb classificou o assassinato de "estranho à ética e à tradição sudanesas". Em maio de 2005, uma multidão de sudaneses se concentrou em frente ao tribunal de Cartum para exigir a sentença de morte para Ahmed por insulto ao profeta do Islã pela republicação de um artigo da internet que questionava o parentesco de Maomé. O artigo irritou muçulmanos de diferentes setores. O jornal foi temporariamente fechado pelo governo após a publicação. Blasfemar e insultar o Islã pode resultar em pena de morte no Sudão, que vem sendo governado segundo a lei islâmica (a Sharia) desde 1983.

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