22 de novembro de 2012 | 18h53
Testemunhas disseram à Reuters que viram tanques e blindados passando por uma rua importante do centro de Cartum, por volta de meia-noite, mas no dia seguinte a vida na cidade estava normal.
O presidente do Sudão, Omar Hassan al-Bashir, governa há 23 anos, período em que enfrentou diversas rebeliões e guerras civis. Além disso, o país vive uma crise econômica desde que sua metade sul, origem da maior parte das suas reservas petrolíferas conhecidas, se tornou independente no ano passado.
O preço dos alimentos se soma à insatisfação com a perda do Sudão do Sul para gerar um ambiente que anima ativistas de oposição a convocarem manifestações. No passado, protestos contra os preços dos alimentos e a escassez de combustíveis antecederam a golpes de Estado.
O ministro da Informação, Ahmed Belal Osman, disse a jornalistas que Salah Gosh, ex-chefe do poderoso serviço nacional de inteligência, foi detido junto com 12 cúmplices sob suspeita de "incitar o caos", difundir boatos e preparar ataques contra líderes nacionais. Segundo Osman, "a situação agora está totalmente estável."
(Reportagem de Ulf Laessing, Khalid Abdelaziz e Alexander Dziadosz)
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