PUBLICIDADE

Sudão rejeita resolução e desafia CS da ONU

Por Agencia Estado
Atualização:

O Sudão desafiou hoje a Organização das Nações Unidas (ONU) ao rejeitar categoricamente resolução aprovada pelo Conselho de Segurança (CS) da entidade que o ameaça com sanções se dentro de 30 dias se não desarmar as milícias árabes acusadas de genocídio na região de Darfur (oeste do país). "O Sudão rechaça essa resolução enganosa", afirmou o ministro da Informação sudanês Al-Zahawi Ibrahim. Em Paris, o presidente francês, Jacques Chirac, pôs em alerta as tropas francesas estacionadas no Chade. Na ONU, o embaixador sudanês, Elfaith Mohamed Ahmed Erwa, acusou os Estados Unidos, responsáveis pela apresentação da resolução, de agirem por motivos políticos. "Com essa iniciativa a comunidade internacional demonstra ignorância histórica e demográfica de nosso território", acrescentou. O embaixador americano na ONU, John Danforth, aplaudiu a decisão do CS, que aprovou a resolução por 13 votos (inclusive o do Brasil) e duas abstenções (China e Paquistão). Pequim e Islamabad justificaram sua posição, ressaltando que a imposição de sanções só agrava a situação dos sudaneses. O governo sudanês é acusado de armar milícias árabes que se opõem a rebeldes sudaneses (que pegaram em armas contra Cartum no início de 2003). As milícias são acusadas de exterminar civis. Com a resolução, o CS da ONU ameaçou adotar "ações" econômicas e diplomáticas contra o Sudão se o governo do país africano não desarmar em 30 dias as milícias árabes acusadas de matar milhares de pessoas na região de Darfur, mas recuou diante da possibilidade de ameaçar explicitamente com a imposição de sanções.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.