21 de agosto de 2010 | 16h12
A Promotoria da Suécia cancelou neste sábado um pedido de prisão contra o fundador do site Wikileaks, o australiano Julian Assange, afirmando que ele não é suspeito de estupro, como havia sido divulgado anteriormente.
Em uma pequena nota no site da Procuradoria sueca, a promotora-chefe, Eva Finné, afirma que Assange não é suspeito e, por isso, não deve mais ser preso.
"A promotora-chefe Eva Finné tomou a decisão de que Julian Assange não é suspeito de estupro. Considerando isso, Assange não tem mais (um pedido) de prisão em sua ausência", diz a nota.
Em entrevista à BBC, no entanto, a porta-voz da Promotoria explicou que investigações sobre acusações mais leves de agressão sexual e assédio ainda estão sendo realizadas.
Segundo ela, as autoridades suecas ainda querem explicações de Assange, mas não devem forçá-lo a responder questões. Não há mais detalhes sobre as acusações.
A mídia sueca afirmou que Assange esteve no país na semana passada, para uma conferência de imprensa.
Vazamento
Na última sexta-feira, uma ordem de prisão contra o jornalista havia sido emitida na Suécia.
Após divulgação da medida, o Wikileaks divulgou uma declaração atribuída a Assange no site de microblogs Twitter onde ele afirma que as acusações "são infundadas" e "profundamente perturbadoras".
O site Wikileaks foi responsável, no final do mês passado, pela divulgação de dezenas de milhares de documentos secretos do governo americano a respeito da guerra no Afeganistão.
O vazamento revelou detalhes até então desconhecidos sobre o conflito, cobrindo o período entre 2004 e 2009, com informações sobre mortes não divulgadas de civis, bem como sobre operações sigilosas contra líderes do Talebã.
O governo americano criticou duramente o vazamento, afirmando que colocaria em risco a segurança do país.BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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