Autoridades suíças do setor de aviação confirmaram hoje ter vetado em 2002 a empresa egípcia Flash Airlines, cujo Boeing 737, vôo FSH604, caiu ontem no Mar Vermelho, matando 148 pessoas. Segundo Celestine Perissinotto, porta-voz do órgão oficial de aviação civil da Suíça, a medida foi tomada com base em uma inspeção de rotina feita em um avião da empresa em outubro de 2002, no aeroporto de Zurique. Na ocasião, foram identificadas várias deficiências técnicas. A declaração confirma informações das TVs suíça e francesa. Para o ministro da Aviação egípcio Ahmed Shafeeq, as acusações das autoridades suíças não têm fundamento. "Se eles têm alguma prova, devem apresentá-la", disse - o que já teria sido feito, segundo o porta-voz suíço. Hassan Mounir, da Flash Airlines, também negou irregularidades. Conforme o piloto-chefe da empresa, o veto suíço se deveu a problemas financeiros, não técnicos. No entanto, confirmou que uma aeronave pegou fogo em um vôo para a Grécia, no mesmo mês que as autoridades suíças teriam relatado deficiências técnicas. "É normal", minimizou, acrescentando que a manutenção dos aviões da empresa é muito boa. Buscas - Uma frota de barcos singra o Mar Vermelho neste domingo atrás dos destroços do avião e dos corpos dos passageiros, em sua maioria turistas franceses. Por enquanto, só foram encontrados pequenos restos da fuselagem e, em águas infestadas de tubarões, algumas poucas partes dos corpos. A França se uniu ao esforço das buscas e enviou dois aviões militares, um navio e mergulhadores.