Funcionários suíços disseram hoje que não conseguiram encontrar nenhuma conta bancária que esteja ligada às acusações feitas ao ex-presidente argentino Carlos Menem, de que ele seria o chefe de uma rede de contrabando de armas. O Escritório Federal de Justiça suíço disse ter pedido ao governo da Argentina mais informações sobre o caso e sobre outras investigações paralelas que envolveriam o atual ministro da Economia, Domingo Cavallo, e Alberto Kohan, ex-secretário-geral da presidência de Menem. No caso do ex-presidente, a Justiça argentina pediu, no início de agosto, ao governo suíço que bloqueasse as contas de uma empresa supostamente vinculada a Menem em dois bancos, alegando que elas conteriam fundos procedentes de subornos por contrabando de armas. No entanto, os funcionários da Justiça suíça divulgaram nesta segunda-feira uma declaração em que dizem que um dos bancos citados nem está sediado na Suíça, e que no outro nada foi encontrado. Menem está em prisão domiciliar desde 7 de junho, acusado de ter chefiado um pequeno grupo de funcionários argentinos que desviou carregamentos de 6.500 toneladas de armas originalmente destinadas ao Panamá e à Venezuela para a Croácia e o Equador. O escritório de Berna disse ter informado Buenos Aires de que estava disposto a prosseguir com as investigações, mas que para isto precisa de maiores informações. Em relação às investigações sobre Cavallo e Kohan, os suíços também disseram que dois dos quatro bancos mencionados como os que teriam contas secretas de ambos sequer possuem sede na Suíça.