Suíça não vai extraditar Polanski até caso ser concluído

PUBLICIDADE

Por AE-AP
Atualização:

Sexta-feira foi um dia memorável para o diretor de cinema Roman Polanski: seu novo filme estreou no Festival de Berlim e as autoridades suíças prometeram não extraditá-lo para os Estados Unidos enquanto sua apelação, sobre um caso sexual, é analisada em Los Angeles. Comparado com os últimos quatro meses, período em que está sob prisão domiciliar na Suíça, foi um bom dia.Polanski não pôde andar pelo tapete vermelho do festival de cinema de Berlim na noite desta sexta-feira para a estreia de seu filme "The Ghost Writer", com Ewan McGregor e Pierce Brosnan, por causa da prisão, mas ainda assim foi a estrela da festa. E, numa nova reviravolta em sua longa saga legal, o ministro da Justiça suíça declarou que "não faria sentido" retirar Polanski de sua prisão domiciliar em seu chalé nos Alpes até que os tribunais norte-americanos decidam definitivamente se ele precisa ser condenado pessoalmente e ser preso por ter mantido relações sexuais em 1977 com uma menina de 13 anos. A extradição de Polanski é uma decisão complicada e diplomaticamente sensível, já que trata de um caso de trinta anos cheio de supostos erros cometidos por um juiz de Los Angeles, procedimentos confusos de sentença e a própria luta do diretor por justiça.Há também o status de Polanski como um ícone cultural na França e na Polônia, países dos quais é cidadão, e sua história como sobrevivente do Holocausto cuja esposa foi brutalmente assassinada por seguidores de Charles Manson na Califórnia.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.