Suíça ordena congelamento de bens do presidente da Síria

Bashar al-Assad também está proibido de entrar no país europeu, segundo o governo

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Atualização:

BERNA - A Suíça anunciou nesta terça-feira, 24, que vai estender o alcance do congelamento de bens de autoridades sírias para incluir o presidente Bashar Assad, responsabilizando-o por liderar a brutal repressão contra manifestantes contrários ao governo e que resultou em centenas de mortes nas últimas semanas.

 

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Bancos suíços e outras instituições financeiras devem agora declarar quaisquer bens pertencentes a Assad na Suíça, disse o governo, sem esclarecer se algum ativo havia sido localizado. O presidente sírio também está proibido de viajar para ou pela Suíça, segundo o decreto do governo.

 

 

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A decisão desta terça-feira ocorre após sanções semelhantes terem sido anunciadas na semana passada contra 13 graduadas autoridades do governo sírio, que não incluíam Assad. A lista revisada, que agora contém 23 pessoas, descreve Assad como "o presidente da República, comandante e líder da repressão contra manifestantes".

 

A Suíça tem tomado atitudes firmes nos últimos anos contra recursos de governantes suspeitos, numa tentativa de melhorar sua imagem como refúgio para autocratas que buscam esconder seu dinheiro. O país foi um dos primeiros a congelar possíveis ativos pertencentes ao líder líbio Muamar Kadafi, do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak e do deposto presidente tunisiano Zine El Abidine Ben Ali.

 

Assad enfrenta há mais de dois meses revoltas contra seu regime, considerado um dos mais autoritários do Oriente Médio. Grupos de ativistas afirmam que centenas de pessoas já morreram nos confrontos entre os manifestantes e as forças de segurança. O total varia entre 850 e cerca de mil, mas os números não podem ser confirmados devido ao rígido controle exercido pelo governo sobre a mídia. As informações são da Associated Press.

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