
27 de abril de 2013 | 17h05
Um total de 125 sul-coreanos deixaram hoje o parque industrial localizado em território norte-coreano e os últimos 50, incluindo funcionários do governo que administram as instalações, sairão na segunda-feira, segundo o Ministério da Unificação.
Depois que a retirada dos sul-coreanos for concluída, é incerto o que acontecerá com o complexo binacional.
"É só uma questão de tempo" até o complexo ser fechado definitivamente, comentou neste sábado um porta-voz do Escritório Geral de Orientação da Coreia do Norte. "Nós valorizamos o complexo industrial de Kaesong, mas não faremos favores para quem responde ao bem com o mal", disse.
Até recentemente, 53 mil norte-coreanos eram comandados por 800 sul-coreanos em mais de 120 fábricas administradas por Seul nessa zona econômica com regime especial em Kaesong. O acordo, de uma década, garantiu trabalho e salários na cidade norte-coreana e mão de obra barata para a Coreia do Sul.
No entanto, o agravamento das tensões entre Seul e Pyongyang, em meio às ambições nucleares da Coreia do Norte e exercícios militares conjuntos realizados pela Coreia do Sul e EUA, levou o regime norte-coreano a retirar todos os seus trabalhadores do parque industrial no último dia 9 e a proibir os sul-coreanos de cruzarem a fronteira para buscar alimentos e suprimentos.
Com a suspensão das operações no complexo e a redução dos estoques de alimentos, Seul deu um ultimato até esta sexta-feira para que a Coreia do Norte voltasse a negociar sobre Kaesong. Após Pyongyang rejeitar o apelo do país vizinho, Ryoo Kihl-jae, a principal autoridade sul-coreana para relações com a Coreia do Norte, anunciou que Seul vai retirar os funcionários restantes do complexo por temer por sua segurança.
O parque, inaugurado em 2003, é o último projeto conjunto que sobrou de uma era anterior de reconciliação entre as Coreias. As informações são da Associated Press.
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