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Sunitas protestam contra ocupação americana

Por Agencia Estado
Atualização:

Entoando frases de ordem antiamericanas, enfurecidos fiéis muçulmanos sunitas protestaram contra uma ação na qual soldados dos Estados Unidos invadiram sua mesquita em Bagdá na semana passada. Os manifestantes bateram em um fotógrafo e acusaram outros de espionarem para os EUA. O incidente em frente à mesquita de Ibn Taymiya é um exemplo do grau de hostilidade à ocupação americana nas áreas de maioria sunita do Iraque. Muitos sunitas sentem-se atualmente excluídos e acreditam que os americanos estão a favor de seus rivais xiitas, que representam a maioria da população. "A opressão contra os muçulmanos chegou a seu clímax", alertou o imã Abdel-Satar al-Jinabi a cerca de 3.000 fiéis reunidos na mesquita. "Todos os dias elas matam quantos muçulmanos eles querem." Sua congregação respondeu com gritos de "não há Deus além de Deus" e "a América é inimiga de Deus. Morte aos americanos". Na semana passada, a ação de soldados americanos contra a mesquita de Ibn Taymiya desencadeou passeatas e gerou acusações de que os militares danificaram páginas do Corão, livro sagrado do islamismo. Soldados apreenderam explosivos, armas e munições e detiveram 32 pessoas. Acredita-se que alguns dos detidos eram árabes estrangeiros, disse o general Mark Kimmitt.

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