08 de dezembro de 2010 | 12h18
ESTOCOLMO - As duas mulheres suecas que acusam Julian Assange, fundador do WikiLeaks, de ter cometido crimes sexuais não estão envolvidas em um complô político contra o australiano, disse nesta quarta-feira, 8, o advogado das supostas vítimas.
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Claes Borgstrom declarou à imprensa que os depoimentos dados pelas mulheres são críveis e considerou que há possibilidades de que a Suécia finalmente apresente as acusações contra Assange. O fundador do WikiLeaks foi detido na terça em Londres.
"O caso não tem nada a ver com o WikiLeaks ou a CIA", disse o advogado, referindo-se às suspeitas de que os EUA, incomodados com os vazamentos do site, estariam em busca de Assange. Borgstrom negou que suas clientes estejam envolvidas em "uma perseguição motivada politicamente" o australiano.
Assange é considerado o responsável pelo vazamento dos mais de 250 mil documentos americanos, que começou no dia 28 de novembro e causou constrangimento às autoridades americanas por ter revelado segredos da política externa dos EUA. Washington classificou a ação como irresponsável e como uma ameaça à segurança nacional.
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O australiano foi preso na terça-feira e está sob custódia no Reino Unido, onde aguarda julgamento. Um primeiro pedido para pagamento de fiança foi negado, mas seus advogados já estão se mobilizando para aplicar novos recursos.
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