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Suposto líder da Al-Qaeda será julgado nos Estados Unidos

Abu Anas al-Libi foi capturado no começo do mês; americanos o interrogaram em embarcação de guerra no mediterrâneo

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Por Redação
Atualização:

TRIPOLI - O suposto comandante da Al-Qaeda capturado no começo do mês por forças especiais americanas na Líbia deverá aparecer na terça-feira, 15, em um tribunal de Nova York. Nazih al-Ragye - mais conhecido como Abu Anas al-Libi - é acusado pela morte de 224 civis nos atentados contra as embaixadas americanas no Quênia e na Tanzânia, em 1998, e responderá por crimes de terrorismo, anunciaram autoridades dos Estados Unidos.

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De acordo com o promotor-chefe de Manhattan, Preet Bharara, Libi chegou de avião em território americano e foi entregue a autoridades civis. Após ser capturado, ele foi mantido em uma embarcação de guerra da Marinha dos EUA em um local não identificado do Mediterrâneo para ser interrogado.

Inicialmente, funcionários do governo Barack Obama afirmaram que Libi seria interrogado "por várias semanas" antes de ser entregue à Justiça civil. As sessões a bordo do navio militar aparentemente foram conduzidas por uma unidade de elite formada por várias agências do governo americano e conhecida como Grupo de Interrogação de Alvos de Alto Valor (HIG, na sigla em inglês).

No entanto, segundo a agência de notícias Reuters, pouco após a detenção do acusado de terror ficou claro que ele padecia de várias complicações de saúde, o que dificultaria os interrogatórios. A transferência de Libi para o território americano teria sido necessária em razão da falta de instalações médicas adequadas na embarcação para tratá-lo, afirmou uma fonte.

Não está claro se o acusado cooperou com seus interrogadores, nem mesmo se ele forneceu alguma informação de grande valor. Especula-se que Libi estaria envolvido no ataque ao consulado dos EUA em Benghazi que matou o embaixador Christopher Stevens, em setembro do ano passado.

A captura do acusado, em território líbio, deu início novamente a um intenso debate jurídico sobre como qualificá-lo. Setores do Partido Republicado pediram que ele seja considerado um "combatente inimigo", o que permitiria enviá-lo à prisão militar de Guantánamo, em Cuba. O governo Obama rejeita essa possibilidade. / REUTERS

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