08 de julho de 2009 | 09h28
Em entrevista ao diário hondurenho "El Dia de Hoy", o presidente da Suprema Corte, Jorge Rivera Avilez, afirmou que uma possibilidade para superar o impasse seria ?uma anistia política tanto para Zelaya quanto para outros atores envolvidos? na crise. A informação foi confirmada posteriormente por outras autoridades de Justiça em Tegucigalpa, capital de Honduras. Essa anistia seria apenas para crimes políticos. ?Nossas resoluções podem ser aplicadas apenas em termos políticos, porque, no que corresponde a delitos de índole geral ou crimes comuns, não existe anistia?, acrescentou Rivera.
Zelaya recebeu ordem de prisão por 18 crimes, incluindo corrupção e traição à pátria. Caso volte, mesmo anistiado, ele ainda correrá o risco de ser detido. Segundo insistiu ontem o procurador-geral de Honduras, Luis Alberto Rubi, Zelaya será preso assim que pisar no território hondurenho.
O Congresso pode não falar abertamente em anistia, como a Suprema Corte, mas deputados, candidatos presidenciais e mesmo Micheletti aceitam que as eleições presidenciais sejam antecipadas para que a crise possa ser superada. Inicialmente, a votação está marcada para novembro.
Manifestações
Em Tegucigalpa, a população se dividiu em duas manifestações. Uma delas a favor de Zelaya, que contou com a mulher dele, Xiomara de Zelaya, que fez um discurso defendendo o retorno do marido. A outra, organizada pelos defensores do governo de facto, reuniu-se na praça principal da cidade. O toque de recolher foi mantido, mas as autoridades reabriram o aeroporto da cidade, fechado desde domingo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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