EAST LANSING, EUA - Supremacistas brancos e manifestantes antifascistas voltaram se enfrentar na segunda-feira 5. Os confrontos foram registrados perto da Universidade de Michigan, onde o nacionalista Richard Spencer fez um discurso. A polícia esteve presente e precisou conter os lados.
+ Atirador da Flórida fez comentários racistas e homofóbicos em chat, diz CNN
+ Retórica ao menos expõe hipocrisia, dizem opositores de Trump
Assim que seguidores de Spencer chegaram, os manifestantes antifascistas, entre eles alguns mascarados, bloquearam o local e começaram a marchar sob gritos de "Nazistas, vão para casa". Policiais precisaram intervir e separar os grupos, após eles se enfrentarem fisicamente.
Mas outro confronto foi registrado quando mais seguidores de Spencer chegaram para ouvir o discurso, que estava agendado para às 16h30 (locais). Apesar da presença da polícia, manifestantes atiraram galhos e latas nos supremacistas, e teriam chamado os policiais de nazistas, segundo o jornal The Detroit Free Press.
Para Spencer, "o que aconteceu foi realmente preocupante". "Houve uma tentativa de usar a violência para proibir as pessoas de ouvir um discurso pacífico". O nacionalista também relatou que muitos não conseguiram chegar ao local. "Os manifestantes realmente tiveram sucesso nesse quesito."
Doug Monette, porta-voz da polícia local, informou que 24 pessoas foram presas por delitos leves e graves. Algumas delas portavam armas, mas ainda não houve tempo para detalhar de que tipo eram.
Relembre: Grupos se armam contra supremacistas nos EUA
O ativista Josh Lown, um dos organizadores do protesto contra Spencer, garantiu que o grupo queria mostrar ao líder supremacista e a seus seguidores que eles não eram bem-vindos à universidade. "Somos uma comunidade muito diversificada e cheia de amor, e não queremos o discurso (de Spencer)."
Nas redes sociais, o grupo se pronunciou contra a administração da universidade e os policiais que, segundo Lown, são cúmplices de Spencer e inimigos da comunidade que protestou na segunda-feira. / THE WASHINGTON POST