
15 Julho 2014 | 20h37
A OMS afirmou que houve 85 novos casos entre 8 e 12 de julho, o que destaca os contínuos níveis elevados de transmissão. Médicos internacionais e locais estavam tendo dificuldades para obter acesso às comunidades, já que muitas pessoas temem que estrangeiros estejam espalhando a doença em vez de ajudar a combatê-la.
"É muito difícil para nós entrar em comunidades onde há hostilidade aos estrangeiros", disse o porta-voz da OMS, Dan Epstein, em uma entrevista coletiva à imprensa em Genebra, na Suíça. "Ainda enfrentamos rumores, suspeita e hostilidade... Pessoas estão isoladas, estão com medo, estão aflitas."
Serra Leoa registrou 52 mortes, o maior número, incluindo casos confirmados, prováveis ??e suspeitos de ebola. A Libéria relatou 13 e Guiné 3, de acordo com os números da OMS.
Epstein disse que o foco principal nos três países é rastrear as pessoas que tenham sido expostas a outras contaminadas com ebola e monitorá-las durante o período de incubação, de 21 dias, para ver se foram infectadas.
"Provavelmente vai levar vários meses até que sejamos capazes de controlar esta epidemia", acrescentou.
O ebola provoca febre, vômitos, sangramento e diarreia e foi detectado pela primeira vez no então Zaire, atualmente República Democrática do Congo, em meados da década de 1970.
Transmitido através do contato com sangue e fluídos corporais de pessoas infectadas ou animais, é um dos vírus mais mortais do mundo, matando até 90 por cento das pessoas contaminadas.
Falando em Havana, Cuba, a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, considerou o surto como o pior do mundo em número de casos, dizendo: "A situação é grave, mas não está fora de controle ainda."
(Reportagem de David Lewis e Daniel Trotta)
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