PUBLICIDADE

Suspeito de explodir mesquita de Samarra é preso no Iraque

Tunisiano preso tenha participou ativamente do atentado que deixou o país a beira de uma guerra civil; entretanto, o homem considerado o cérebro da ação continua foragido

Por Agencia Estado
Atualização:

O governo do Iraque anunciou nesta quarta-feira a prisão de um importante líder da Al-Qaeda no Iraque acusado de participar do atentado de fevereiro contra uma mesquita xiita em Samarra, a 95 km ao norte de Bagdá. Entretanto, o homem considerado o cérebro da ação, o iraquiano Haitham Sabah Shaker Mohammed al-Badri, continua foragido. Uma onda de assassinatos sectários e ataques revanchistas contra mesquitas sunitas e xiitas depois da explosão na venerada mesquita do domo dourado colocou o Iraque à beira de uma guerra civil. Desde então, mais de 20.000 famílias foram forçadas a abandonar suas casas, centenas de civis foram mortos e dezenas de mesquitas das duas seitas muçulmanas foram danificadas ou destruídas. O assessor de Segurança Nacional iraquiano, Mouwafak al-Rubaie, identificou o homem preso como sendo o tunisiano Yousri Fakher Mohammed Ali, também conhecido como Abu Qudama. Ele foi seriamente ferido dias atrás ao norte de Bagdá em confrontos com forças de segurança que deixaram 15 outros combatentes estrangeiros mortos, acrescentou. Abu Qudama, al-Badri, dois outros iraquianos e quatro sauditas fazem parte do grupo que promoveu o atentado de 22 de fevereiro em Samarra, disse o assessor. Mesquita de Askariya O grupo plantou as bombas na Mesquita de Askariya, de 1.200 anos, que danificaram sua brilhante cúpula dourada, um adendo completado em 1905. O ataque foi planejado "para deflagrar luta sectária entre o povo iraquiano", informou o assessor de segurança. Al-Rubaie disse que o tunisiano Abu Qudama também participou do assassinato do correspondente da rede de TV Al-Arabiya Atwar Bahjat, morto a tiros junto com dois de seus colegas horas depois da explosão da mesquita. Abu Qudama entrou no Iraque em novembro de 2003 e foi capturado "poucos dias atrás" em Udaim, uma vila cerca de 110 km ao norte de Bagdá, afirmou al-Rubaie.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.