Suspeito de ligação com o 11/9 é preso no Líbano

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Por Gustavo Chacra
Atualização:

Uma história de espionagem envolvendo Al-Qaeda, Hezbollah, Mossad (serviço secreto de Israel), o atentado de 11 de Setembro e a Síria tem alimentado ainda mais as teorias da conspiração sempre presentes nas mesas dos cafés de Beirute. Tudo começou semanas atrás, quando dois homens foram presos no Vale do Bekaa, em uma operação do Exército libanês para desmantelar uma célula de espionagem que trabalharia para o Mossad desde os anos 80, durante a guerra civil libanesa. Um deles, segundo o jornal libanês Al-Akhbar, tinha sido levado para treinamento em Israel. Testemunhas disseram que equipamentos de alta tecnologia foram encontrados na casa dos supostos espiões. De acordo com investigadores, eles podem ter coletado informações que Israel teria utilizado no atentado que matou o comandante militar do Hezbollah, Imad Muganyieh, no início do ano em Damasco, na Síria. Os israelenses não confirmam nem negam envolvimento no ataque. A história poderia ser comum no Líbano, um dos países com o maior número de espiões locais e estrangeiros per capita do mundo. O que torna o episódio diferente é a identidade dos envolvidos. Um deles se chama Ali Jarrah, o mesmo sobrenome de Ziad, um dos terroristas do11 de Setembro. Ambos são originários da mesma região. Os dois detidos que supostamente trabalhavam para o Mossad são parentes próximos de um dos mais célebres integrantes da Al-Qaeda. A família de Ziad Jarrah sempre negou o envolvimento dele nos atentados, pois ele não seria um radical religioso. Segundo eles, Jarrah era apenas um passageiro com um nome árabe. Já a comissão do Congresso americano que investigou os ataques de 11 de Setembro afirma que Jarrah foi treinado no Afeganistão e pilotou o avião que caiu na Pensilvânia.

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