
16 de novembro de 2010 | 12h37
"Ela está pronta para lutar pela existência da NLD. Ela continuará com o processo legal", disse o advogado dela e porta-voz do partido, Nyan Win. Suu Kyi foi libertada no último sábado, menos de uma semana após a bastante criticada disputa eleitoral que reforçou o poder dos militares. Ativistas pela democracia e líderes ocidentais condenaram as eleições em Mianmar.
A NLD foi dissolvida após decidir boicotar a disputa em resposta a regras que pareciam feitas para impedir a participação da dissidente. A NLD havia sido fundada em 1988, após um levante popular contra a junta militar deixar milhares de mortos. Dois anos depois, o partido venceu eleições com folga, mas os resultados nunca foram reconhecidos pelo regime.
A decisão de boicotar a disputa de 7 de novembro - a primeira em 20 anos no país - gerou forte divisão na oposição. Alguns membros da NLD participaram da disputa, sendo acusados de traidores. Ontem, Suu Kyi, de 65 anos, disse em entrevista à BBC que espera uma "revolução não violenta" em Mianmar. A Nobel da Paz realizou seu primeiro discurso político em anos no último domingo, apelando pela unidade dos oposicionistas. As informações são da Dow Jones.
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