BANGCOC - Tailândia e Camboja continuam a se enfrentar nesta quinta-feira, 28. O combate é feito com disparos de fuzil e artilharia pesada na fronteira entre os dois países. As últimas informações dão conta de ao menos 14 pessoas mortas.
Os enfrentamentos tiveram início antes do amanhecer, perto dos antigos templos hindus Ta Muen e Ta Kwai, entre o nordeste da Tailândia e o norte do Camboja.
Na quarta-feira, 27, o primeiro-ministro do Camboja, Hun Sen, acusou a Tailândia de produzir um bombardeio desumano e indiscriminado. A intenção, segundo ele, é anexar o território cambojano. Sen pediu a mediação da comunidade internacional no conflito. Ele reconheceu a superioridade militar tailandesa e advertiu que o conflito está à beira de uma guerra declarada entre as duas nações.
A Tailândia acusa o Camboja de iniciar as hostilidades no dia 22, se nega a internacionalizar o conflito e insiste em manter conversas bilaterais apenas quando cessarem os disparos dos soldados cambojanos.
Líderes das duas nações devem se reunir em maio, na Indonésia, país na presidência da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).
Até o momento, morreram um civil e seis soldados tailandeses e sete militares cambojanos, enquanto cerca de 55 mil pessoas se encontram em abrigos nos dois países.
As fronteiras entre os países, fortemente minada, nunca estiveram claramente delimitadas desde que a França abandonou suas colônias na região, após a Segunda Guerra Mundial.