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Tailândia envia soldados armados para o distrito financeiro de Bangcoc

Governo temia que manifestantes estendessem protestos até centro financeiro da capital

Atualização:

BANGCOC - O exército da Tailândia enviou nesta segunda-feira, 19, soldados com armas de fogo para o distrito financeiro de Bangcoc após a ameaça dos manifestantes oposicionistas, chamados de "camisas vermelhas", de estender seus protestos a essa zona da capital.

 

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Agentes anti-distúrbios e militares foram postados em grupos espaçados entre os blocos de edifícios ao longo da Rua Silom, a Wall Street tailandesa, e passaram o dia sob um forte sol, que no final se converteu em seu único inimigo.

 

Vizinhos e comerciantes da área levavam refrescos para os membros do corpo de segurança, equipados com todos os aparatos de segurança, inclusive escudos e máscaras de gás.

 

A sede do Bangkok Bank, en Silom, recebeu proteção especial do exército, que montou barreiras com arame farpado para frear os seguidores da Frente Unida para a Democracia e contra a Ditadura, um grupo dirigido por testas-de-ferro do ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, e que organiza a mobilização oposicionista.

 

Os dirigentes da Frente Unida acusam esta sociedade comercial de estar por trás do golpe que depôs Shinawatra em 2006.

 

O porta-voz do governo, Panitan Wattanayagorn, confirmou aos meios de comunicação que "há várias unidades armadas para se defender dos ataques de terroristas que se escondem entre os manifestantes".

 

As autoridades querem evitar que se repita os acontecimentos do último dia 10, quando o confronto entre manifestantes e policiais causou 24 mortes, 5 militares, 18 camisas vermelhas e um cinegrafista japonês, e deixou 874 pessoas feridas.

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Algumas horas depois do envio da tropa, Weng Tojirakarn, um dos líderes da Frente Unida, anunciou uma mudança de planos e o adiamento da marcha por Silom.

 

Os manifestantes, que exigem a convocação de eleições antecipadas, permaneceram em sua base, uma intersecção da rua Ratchaprasong com a Cidade Velha.

 

Enquanto os manifestantes e as forças armadas brincavam de gato e rato, duas irmãs tailandesas de 13 e 14 anos ficaram feridas na explosão de uma bomba escondida em uma caixa em Bangcoc.

 

O fato ocorreu cerca de dez da manhã quando as jovens passavam ao lado de uma fábrica de granito no bairro de Bangbon.

 

Mais de 30 explosões ocorreram em diferentes partes da capital desde que começaram as manifestações, com uma concentração de 100.000 pessoas em Bangcoc, no dia 14 de março.

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