28 de dezembro de 2010 | 16h36
Cinquenta mulheres, 70 crianças e 46 homens em Wa Lay, na província de Tak, receberam ordens para se retirarem, disse em comunicado o Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).
A agência disse que apesar de aprovar a política da Tailândia de permitir a entrada de birmaneses durante períodos de violência, eles deveriam retornar para casa apenas voluntariamente e em condições seguras.
"Eles estavam fugindo de confrontos entre o governo e rebeldes étnicos no sudeste do Mianmar. As pessoas eram (da etnia) karen", disse o porta-voz do Acnur, Babar Baloch, à Reuters em Genebra.
Nenhum membro da missão diplomática da Tailândia na ONU estava imediatamente disponível para comentar em Genebra, na Suíça.
A junta militar que governa Mianmar é acusada há muito tempo de perseguir as minorias étnicas do país, incitando um êxodo contínuo. Segundo a agência, cerca de 150 mil refugiados vivem em acampamentos oficiais na fronteira entre Tailândia e Mianmar.
Ao menos 3 mil refugiados entraram na Tailândia desde junho de 2009, em decorrência do aumento da violência na região fronteiriça no sudeste.
O Acnur expressou sua preocupação ao governo tailandês nas últimas semanas, alertando para a forma apressada com que os refugiados são obrigados a retornar.
Alguns fugiram de suas casas novamente quando os combates ressurgiram pouco depois do retorno, informou a agência.
Enquanto a Tailândia tem sido importante na acolhida aos refugiados há quatro décadas, o país não ratificou a convenção da ONU para refugiados, de 1951.
(Reportagem de Stephanie Nebehay)
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.