17 de agosto de 2009 | 12h11
O governo de Taiwan iniciou nesta segunda-feira, 17, os trabalhos para alojar dezenas de milhares de desabrigados por causa das inundações causadas pelo tufão Morakot, enquanto continuam os trabalhos de recuperação dos cadáveres presos sob montanhas de terra.
Até o momento, as autoridades confirmaram 126 mortes, 61 desaparecidos e 45 feridos, mas a apuração oficial provisória não inclui os soterrados na aldeia de Siaolin, cujo número pode chegar a 491 pessoas.
A ajuda estrangeira começou a chegar a Taiwan e, no domingo, um avião militar americano C-130 aterrissou com materiais para construir alojamentos temporários, na primeira missão americana na ilha desde que, em 1979, Washington cortou os laços oficiais com Taipé para estabelecê-los com Pequim.
A ilha espera a chegada de outros dois helicópteros americanos CH-53E, procedentes de Okinawa, no Japão, que participarão de trabalhos humanitários de resgate e realocação, após o devastador tufão que, segundo o presidente de Taiwan, Ma Ying-jeou, pode ter deixado mais de 500 mortos.
"Os EUA querem que seus helicópteros CH-53E participem do trabalho humanitário", disse um militar à agência governista "CNA", consciente de que esta intervenção pode irritar a China, que não reconhece a independência da ilha e a considera como parte de seu território.
Os helicópteros, que podem transportar até 16 toneladas de carga, viajarão em um transporte anfíbio até as cercanias de Taiwan, e deste local iniciarão voo para a ilha, acrescentou a mesma fonte.
O governo de Pequim, cujas relações com Taipé melhoraram desde a chegada de Ma ao poder, enviou 100 casas pré-fabricadas que chegarão na terça-feira ao porto de Kaohsiung e prometeu outras mil para alojar temporariamente os desabrigados.
Até o momento, as equipes de salvamento evacuaram 37,366 mil vítimas do tufão e distribuíram 45 mil caixas com alimentos, bebidas e remédios nas áreas atingidas, segundo dados do Ministério do Interior.
Encontrou algum erro? Entre em contato