
03 de agosto de 2012 | 03h03
A relação de Teerã com o grupo radical daria ainda aos iranianos a opção de poder aumentar a violência em solo afegão, em retaliação a possíveis ataques de forças dos EUA contra as instalações nucleares do Irã.
Em maio, um membro do conselho que comanda o Taleban foi autorizado a abrir uma representação da milícia na cidade de Zahedan, no leste do território iraniano. Dois meses depois, ainda de acordo com o Telegraph, comunicações interceptadas indicavam que integrantes da Al-Quds, força de elite da Guarda Revolucionária do Irã, discutiam planos para mandar mísseis terra-ar ao Afeganistão. Não havia, porém, nenhuma evidência de que o armamento tinha realmente sido enviado.
Se a milícia afegã obtivesse o equipamento militar de Teerã, isso significaria um marco na relação entre o movimento radical e o país persa, cujo governo xiita foi inimigo do sunita Taleban enquanto os radicais estiveram no poder em Cabul, entre 1996 e 2001. Os EUA, porém, passaram a ser vistos como um "inimigo maior", segundo disse um funcionário ocidental ao Wall Street Journal. / AP
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