Vinte e dois dos 23 missionários sul-coreanos seqüestrados na semana passada no Afeganistão pelo Taleban estão vivos, disse ontem um porta-voz do grupo radical islâmico, admitindo, no entanto, que alguns estão em más condições de saúde. "Não sei se é o clima ou a nossa comida que não está fazendo bem a eles. As mulheres estão chorando. Os homens e mulheres estão preocupados sobre seu futuro", disse Qari Yousef Ahmadi. O grupo não determinou um novo prazo para que suas exigências sejam atendidas. O último venceu ontem. Várias datas foram estipuladas desde que os missionários cristãos sul-coreanos foram seqüestrados, no dia 19 - quando seguiam de ônibus de Cabul para Kandahar. O porta-voz taleban disse que o governo assegurou ao grupo que soltará oito de seus combatentes presos, como parte de um acordo para a libertação dos reféns. O assessor de segurança nacional da presidência sul-coreana, Baek Jong-chun, chegou ontem ao Afeganistão para participar das negociações com o Taleban, que estão sendo mediadas por líderes tribais. A mulher do refém sul-coreano morto na quarta-feira pelos militantes fez ontem um comovente apelo pela libertação dos outros 22 missionários. "Eu sinceramente espero que a dor que as famílias já estão sentindo não seja aprofundada com mais tristeza", disse Kim Hee-yeon, mulher de Bae Hyung-kyu, o pastor de 42 anos encontrado morto com dez tiros. "Espero que não haja mais vítimas." Ainda ontem, forças afegãs e internacionais entraram em choque com rebeldes taleban e lançaram ataques aéreos contra um vilarejo na província sulista de Helmand, matando pelo menos 50 pessoas. Segundo testemunhas, entre os mortos estão 28 civis.