Taleban americano será julgado em tribunal civil

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente dos EUA, George W. Bush, autorizou o Departamento de Justiça a entrar com um processo de acusação contra o taleban norte-americano, John Walker Lindh, num tribunal civil, por acusações de colaborar com o terrorismo, informaram hoje fontes do governo. A administração Bush não vai pedir a pena de morte para Lindh, acusando-o de conspiração por matar um cidadão norte-americano e outros crimes, segundo uma fonte do governo. Um funcionário do alto escalão disse que o governo Bush vai entrar com duas acusações contra Lindh, por fornecer ajuda material para uma organização terrorista; e outra acusação por transações proibidas com uma organização terrorista. A fonte informou que as acusações poderiam levar Lindh à prisão perpétua, mas ele não será condenado à pena de morte. A fonte não sabia os detalhes por trás das acusações, incluindo se a primeira acusação está ligada à morte do funcionário da CIA Johnny "Mike" Spann. O agente da CIA foi morto durante uma rebelião de prisioneiros em Mazar-i-Sharif. Walker estava entre os prisioneiros e havia sido interrogado por Spann pouco antes da rebelião. Lindh, de 20 anos, foi detido em novembro do ano passado lutando com os talebans no Afeganistão. Foi mantido sob custódia pelas forças dos EUA depois de uma revolta numa prisão numa fortaleza na cidade afegã de Mazar-e-Sharif, no norte do país. Desde então, Lindh permaneceu preso no navio de guerra USS Bataan, no Mar Árabe. Batizado como católico romano e convertido ao Islã aos 16 anos, Lindh enviou uma carta a seus pais em dezembro, afirmando que estava a salvo e que se arrependia por não ter entrado em contato com eles mais cedo. Aparentemente, ele dedicou a carta, datada de 3 de dezembro, para um voluntário da Cruz Vermelha Internacional. Leia o especial

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